Terra das belas praias, da ponte Hercílio
Luz e da beira-mar. De manézinhos natos, como (o) Xuxa, Guga e Teco Padaratz...
Floripa do Papai Pop, de Cacau Menezes e da Camila Valgas. De artistas como
Dazaranha e Iriê.
A cidade que deu ao mundo vários dos seus personagens
emblemáticos teve origem em 1675, com a povoação europeia da região onde antes
habitavam tribos tupis-guaranis, carijós e sambaquis. Dos tempos de Nossa
Senhora do Desterro até a mudança de nome para Florianópolis em 1894, os
habitantes da ilha são conhecidos como manézinhos desde muito tempo atrás.
Que tal conhecer um pouco mais da cultura
dos manés e da história de Florianópolis?
Por que manézinho?
Por volta do século 17, o Brasil recebeu
muitos imigrantes europeus como estratégia de colonização das terras
descobertas. A promessa de trabalho, nome limpo e posses no Novo Mundo atraiu a
população pobre e aqueles com registro criminal que tinham a intenção de
começar uma nova e próspera vida.
Italianos, alemães, poloneses e portugueses
desembarcaram no sul do país. A proximidade com o mar fez com que os açorianos
vindos de Portugal colonizassem a ilha de Nossa Senhora do Desterro.
Devido ao nome e à população de classe baixa,
os habitantes da ilha (os desterrados) receberam o apelido de manoelzinhos, já
que Manoel é um nome muito comum no seu país de origem.
O sotaque “apressado” naturalmente
transformou o apelido em “manézinho”.
Coincidência ou não, a conotação pejorativa de “mané” foi conveniente à classe
alta e acabou sendo um incentivo para que o nome pegasse.
“Manézinho” se tornou motivo de orgulho para
os florianopolitanos. Um apelido para chamar de seu e dar cara à sua própria cultura.
Por que Florianópolis?
Antes de se chamar Florianópolis, a capital
catarinense era chamada de Meimbique pelos índios Carijós, que foram dominados, mortos ou expulsos pelos
colonizadores portugueses e exploradores holandeses.
No século 17 a localidade era Porto dos
Patos para os holandeses e, logo depois deles, Nossa Senhora do Desterro para
os desterrados portugueses. A ilha
fazia parte da vila de Laguna e foi elevada a vila Desterro após a
intensificação do movimento de paulistas e outros imigrantes que ocupavam o
litoral brasileiro.
Em 1737, Desterro passou a ser utilizada
militarmente por sua posição estratégica, época em que começaram a ser
construídas as fortalezas para defesa do território.
No século seguinte, dois anos depois da
proclamação da República, a vila se tornou cidade e capital da Província de
Santa Catarina, onde ganhou maior atenção e investimentos da federação. Em
1894, por fim, numa tentativa de estabelecer a República e acabar com a
contradição monarquista que se instaurava no sul do país, o então presidente
Floriano Peixoto comandou vários massacres.
A maior revolução, símbolo dessa época, foi
a Revolução Federalista. Na ilha, enquanto isso, acontecia a tragédia de Desterro,
onde o militar liderou uma chacina de ilhéus. Floriano foi responsável pela
morte de aproximadamente 300 pessoas que se opunham ao novo governo.
No fim, o presidente foi homenageado pelo
seu ato e a capital do estado recebeu o seu nome do governador Hercílio Luz.
A história é discutível e o nome segue sendo
contrariado até hoje. O espírito da cidade e a cultura dos manézinhos não têm
muito a ver com o passado do local, não é mesmo?
Florianópolis hoje possui vários monumentos
retratando todos esses acontecimentos e nós te convidamos a visitar a história
da cidade ao vivo! Conheça a capital catarinense e as fortalezas de Santa Cruz
de Anhatomirim, de São José da Ponta Grossa e de Santo Antônio de Ratones.
E claro: visite a famosa ponte Hercílio Luz.
A primeira ponte a ligar ilha e continente, interditada há 28 anos, finalmente
será reinaugurada em dezembro de 2019.
Gostou de saber um pouco mais da história
dos manézinhos? Então compartilhe este conteúdo com seus amigos. Esperamos que
tenha ficado interessado em conhecer mais dessa história pessoalmente!